Leituras de Rebecca n°148
Era o reino mais próximo ao da rainha, em linha reta, como voa o corvo, mas nem os corvos voavam até lá. Você pode achar que conhece esta história. Uma jovem rainha está prestes a se casar. Há anões bons, corajosos e valentes; um castelo envolto em espinhos; e uma princesa enfeitiçada por uma bruxa, segundo dizem os boatos, em um sono eterno. Mas aqui não há ninguém esperando que apareça um nobre príncipe em seu fiel cavalo. Este conto de fadas é tecido com um fio de magia negra, que vira e revira, brilha e reflete. Uma rainha pode acabar se revelando uma heroína, se uma princesa precisar ser salva.
Um conto de fadas nada convencional.
Uma maldição está se espalhando pelo reino e a rainha tem que tomar uma atitude. Ela sabe muito bem com o que está lidando e resolve enfrentar isso pessoalmente.
Imagino Neil Gaiman escrevendo igual um mágico usando sua cartola. Nada sai exatamente como a gente espera e a moeda aparece magicamente atrás da orelha hahahahaha! Uma das melhores coisas que percebi no livro, foi que Gaiman cria personagens femininos sem a obrigação de torná-las femininas ou masculinas. Elas são o que são e ponto. E tudo isso acompanhado da belíssima arte de Chris Riddell. Preto, branco e dourado é a paleta que acompanha a obra. Um luxo!
Falando sobre a divulgação, acho que fizeram isso de forma errada. Não se trata de um casal de princesas e sim de uma rainha que quer salvar seu reino e sua própria liberdade. Não se preocupe pois isso não é spoiler, é só pra evitar que haja uma expectativa errada. Eu também caí nessa armadilha, mas isso não desmereceu o final maravilhoso que rolou na história.
Recomendo para quem gosta de se aventurar contra feiticeiros malignos.
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