Leituras de Rebecca n°147
Ela adotou o nome Calexa Rose Dunhill, inspirada numa lápide do sombrio ambiente em que acordou, ferida e apavorada, sem qualquer lembrança de sua identidade, de quem a jogou lá para morrer ou mesmo do porquê.
Fez do cemitério o seu lar, vivendo escondida numa cripta. Mas Calexa não pode se esconder dos mortos – e, quando descobre que possui a estranha capacidade de ver as almas se desprenderem de seus corpos...
Então, certa noite, Calexa presencia um grupo de jovens praticando uma sinistra magia. Horrorizada, testemunha o ato insano que eles cometem. Quando o espírito da vítima abandona o corpo, ele entra em Calexa, atormentando sua mente com visões e lembranças que parecem não ser dela.
Agora, Calexa deve tomar uma decisão: continuar escondida para se proteger – afinal, alguém acredita que ela está morta – ou sair das sombras para trazer justiça ao angustiado espírito que foi até ela em busca de ajuda?
O que era um assassinato se transforma na história de uma menina sem memória que sobrevive e se esconde num cemitério. Machucada e assustada, a menina se refugia num jazigo e rouba comida do zelador. O medo de ser reconhecida pela pessoa errada a impede de ir a polícia.
Ela assumiu o nome de Calexa e descobre mais tarde que tem o dom de visualizar as almas que ascendem depois da bênção do padre. E como se isso tudo não fosse assustador o suficiente, ela ainda tem que ajudar almas que não tiveram o devido descanso.
Essa edição foi só o começo da aventura, Calexa percebeu que ninguém procurou por ela. Não há uma única menção nos jornais. Será que ninguém está preocupado com ela?
A história é apaixonante. O fato da menina não se entregar ao papel de vítima e tomar as rédeas da sua história me deixou muito mais animada pra ler. Tudo se passa num cemitério e envolve mistério e dons sobrenaturais, o que deixa tudo muito mais intrigante. O foco é Calexa, mas há muitos outros problemas a resolver e ela conta com bons amigos para isso.
Nem vou dizer que amo HQ e que foi uma ótima surpresa descobrir que a obra foi escrita pela Charlaine Harris, autora de True Blood. Muito legal também foi saber sobre o autor Christopher Golden, vou procurar mais obras dele. A arte de Don Kramer arremata o clima de suspense com um traço firme e uma excelente arte-finalização com uma paleta de cores sombria. E tenho que destacar também a impressão da edição, todo em papel couché e muito bem impresso. Editora Valentina tá de parabéns! Ganhou uma fã! Mal posso esperar pra ler os próximos!
Recomendo para quem tem sede de justiça e não tem medo de fantasmas.
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