Leituras de Carol #850
“O liso é sempre mais chique e elegante!”
“O cabelo enrolado não é profissional.”
“Não dá para ir à festa sem fazer chapinha!”
Se você tem cachos, provavelmente escuta frases como essas desde a infância. Isso porque, em nossa sociedade, o cabelo não liso é tido como um problema que deve ser corrigido a qualquer custo. Não é à toa que o Brasil é um dos países em que mais se gasta dinheiro com tratamentos químicos de alisamento.
Mas o que está por trás da suposta supremacia do liso? Quais são os males que as escovas progressivas, japonesas e afins trazem para nossa saúde? Como tratar, hidratar e estilizar nosso cabelo (e o de nossas filhas) de forma eficaz e saudável, respeitando a natureza dos fios?
Hoje a resenha vai ser um pouco diferente... quando digo isso é porque a história de amor aqui contada não é entre um casal, mas sim entre você e seu cabelo cacheado.
Quando esse blog surgiu em setembro de 2007 (sim, vamos completar 10 anos de internet) eu já usava meus cabelos crespos/cacheados. Flavinha já me conheceu assim.
Mas antes disse eu passei quase 20 anos submetendo meu cabelo a químicas para alisar e "abrir os cachos", usei vários tipos de produtos (hidróxido de sódio, amônia, guanidina) para ter um cabelo de acordo com as expectativas da sociedade. Naquela época (minha infância e adolescência) o liso era o cabelo bom, no máximo um cacheado (com o cacho aberto). O crespo era tido como cabelo ruim, o cabelo que precisava ser "domado", preso. Ou seja, toda uma característica capilar tinha que ser escondida.
Naquela época o máximo que tive de referência foram algumas comunidades do orkut (sdds).
Minha transição não foi tão traumática, mas tenho certeza que se o livro da Sabrina fosse escrito àquela época o meu processo de descobrimento e de muitas outras mulheres (e homens) teria sido muito mais fácil.
Já no início ele me conquistou quando diz
Este livro é dedicado a todas as mulheres que já se sentiram inadequadas
por não estarem de acordo com o padrão de beleza vigente
Neste livro, ela conta como se deu o processo de aceitação do seu cabelo, as dificuldades e como ela ela conseguiu superar. Uma das coisas que mais gostei foi como ela (ao contar sua história) se solidarizar com as demais mulheres e homens assumem seu cabelo passando por muito mais obstáculos do que ela passou.
Independente do tipo do seu cabelo, recomendo a leitura.
Leia um trecho clicando AQUI
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