Leituras de Rebecca n°120
Em 2014, a ilustradora Carol Rossetti começou a desenhar mulheres diversas para testar seus lápis de cor. Nunca poderia imaginar que suas criações despretensiosas ganhariam o mundo e iriam viralizar na internet a ponto de se tornarem matéria na CNN.
Com um traço característico e frases inspiradoras, Carol quebrou tabus e espalhou uma mensagem que ecoou em mulheres do mundo todo: somos fortes, merecedoras de respeito e especiais do jeito que somos, independentemente de opiniões e julgamentos alheios.
Agora, essa mensagem ganha o formato de livro e inclui textos sobre os temas centrais abordados em suas ilustrações, como corpo, estilo, identidade, relacionamentos e superação.
“Existem mulheres negras, brancas, morenas, latinas, asiáticas, indianas, indígenas. Existem engenheiras, donas de casa, prostitutas, senadoras, artistas, executivas, atrizes. Há mulheres cegas, surdas, mudas. Mulheres bipolares, deprimidas, ansiosas.
Existem heterossexuais, lésbicas, bissexuais, arromânticas, pansexuais, assexuais. Mulheres cristãs, ateias, budistas, islâmicas.
Há mulheres que não são ativistas, que nunca ouviram falar em feminismo, que nunca discutiram racismo. Mulheres que lutam de formas diferentes, a partir de ideias que não conhecemos. Existem mulheres que têm vergonha de compartilhar suas escolhas por medo de serem julgadas. E mulheres que discordam de tudo isso que eu disse até aqui.
Cada uma tem sua própria história, e acredito que todas elas merecem ser ouvidas e representadas. Minha abordagem será abrangente, convidando todos os que dividem comigo essa ideia de liberdade a celebrar a diversidade do ser humano.
Mulheres é um livro de autora nacional que ganhou forma e fãs após uma brincadeira que acabou virando coisa séria. Carol Rossetti ilustra as tantas formas que uma mulher pode ter e ser com extrema delicadeza e respeito, trazendo um tema tão importante e tão discutido que é a liberdade de ser o que você quer, independente do que o outro vai pensar.
Ganhei alguns blocks no Facebook por perder tempo discutindo sobre isso. Há muita gente ainda com medo da liberdade que um ser humano pode ter. Quando defendi que uma menina podia escolher o brinquedo que quisesse, houve quem argumentasse que isso levaria as drogas. Tipo... Oi? Temos muito o que evoluir ainda né? Hahahahahaha!
O livro está dividido em: corpo, moda, identidade, escolhas, amores e valentes. Isso ajuda a direcionar melhor as reflexões e impulsiona a descobrir o que vem adiante.
Já ouvi que essa autora deu vários nós na cabeça das pessoas. Eu já penso o contrário, pra mim, ela veio justamente pra desatar esse emaranhado de certezas que tanta gente se agarra. Ela quebrou tabus e traz uma lição muito forte sobre respeito a si mesmo, aos outros, e autoestima.
Recomendo para todos e todas.
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