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14/11/2013

# Editora Arqueiro # Janine Boissard

Janine Boissard - Pela luz dos olhos seus - Arqueiro


Leituras de Carol nº 757
Título original: Histoire D'Amour

Laura Vincent cresceu entre o mar e as macieiras da Normandia. Passou a adolescência à sombra da irmã mais velha. Agathe – a bela – era admirada e disputada por todos os garotos da cidade; Laura – a pequena – passava as noites em casa, lendo romances. Mas o destino preparou uma surpresa para Laura. Trabalhando como assessora de imprensa de músicos, ela recebe, no dia seguinte ao seu aniversário de 26 anos, a visita do agente de um dos tenores mais famosos do mundo. Ela é requisitada para ser guia dele e seu chefe não deixa margem para discussão. Rico e bem-sucedido, Claudio Roman viaja pelo mundo emocionando plateias com sua voz. Fã de banquetes, bebedeiras e belas mulheres, ele parece ter tudo o que quer, porém seu comportamento esconde a amargura de nunca poder interpretar Alfredo, em La Traviata, por causa de um ataque criminoso que lhe custou a visão. 

Laura está preparada para lidar com um homem difícil e arrogante, mas, assim que ouve Claudio cantar pela primeira vez, ele toca seu coração. Aos poucos, mais do que sua guia, ela se torna também a confidente das noites sombrias de angústia. Como ela nunca lhe pede nada em troca de seu apoio, Claudio promete lhe dar qualquer coisa. No momento certo, ela cobra a promessa: quer que o cantor se submeta a um transplante de córnea capaz de lhe restituir a visão de um dos olhos. Apaixonada e convencida de que Claudio não precisará mais dela quando voltar a enxergar, Laura vai embora sem se despedir e sem dar a ele a oportunidade de vê-la. Será que Claudio saberá lidar com essa decisão? Ou ele vai enfim perceber que sempre lhe faltou o alimento mais essencial à vida: o amor?

Quando vi o a sinopse desse livro nos lançamentos da Arqueiro quis logo lê-lo. Então aproveitei que temos parceria com a editora e solicitei. Mas porque essa "ânsia"? A atividade profissional do personagem masculino. Um tenor! Adorei a escolha feita pela autora para a profissão de Claudio e ele ainda é cego. Isso sem contar que Laura é assessora de imprensa (apesar dela não ser jornalista).

Essa história tem todo um clima de romance de banca que eu tanto sou fã. Há aquele encantamento que o casal tem entre si que só as autoras que escrevem romances que são publicados em formato banca consegue dar sem parecer tudo muito piegas.

Acredito que o sucesso dessa história venha da forma simples e com profunda exploração dos sentimentos dos personagens no desenvolvimento dessa história de amor. Boissard consegue fazer um Claudio temperamental (afinal no nosso imaginário um tenor tem que ser assim, não é?) com pitadas de ternura. Laura é uma personagem determinada, apesar de que os momentos de baixa auto estima me incomodaram um pouco, mas não se preocupem ela não tem nada das mocinhas da Diana Palmer ok? (risos). 

A autora cita em várias passagens os livros escritos por M. Delly. Conheço o nome, mas admito que nunca lida nada, mas numa busca rápida pelo Wikipedia encontro:

"M. Delly foi o pseudônimo do casal de irmãos Frédéric Henri Petitjean de la Rosiére (Vannes, 1870 – Versailles, 1949) e Jeanne Marie Henriette Petitjean de la Rosiére (Avinhão, 1875 – Versailles, 1947), escritores franceses.

Marie, jovem sonhadora que dedicou sua vida à escrita, começou sua obra com a publicação, em 1903, de “Dans les ruines”. Frederick é menos conhecido pelos seus escritos, e mais pela gestão habilidosa de contratos de edição, com várias editoras compartilhando o sucesso dos seus livros.
O ritmo de publicação, os vários romances por ano até 1925, e as vendas muito boas garantiram para os irmãos rendimentos confortáveis. Esse conforto não impediu que os dois autores vivessem em perfeita discrição, permanecendo desconhecidos do grande público e dos críticos. A identidade de M. Delly não foi revelada até a morte de Marie, em 1947, dois anos antes de seu irmão.

Em estilo romântico, os romances de M. Delly possuíam um tom de encantamento, um clima de conto de fada. As histórias destacavam os valores e comportamentos da aristocracia européia situada entre os finais do século XIX e inícios do século XX, apesar de não serem, na grande maioria, datadas. A imprecisão temporal é característica das narrativas maravilhosas, que alimentam o imaginário dos leitores e nas quais os argumentos desenvolvem-se dentro da magia feérica: reis, rainhas, príncipes, princesas, fadas, gênios, bruxas, objetos mágicos, metamorfoses, tempo e espaço fora da realidade conhecida.

No Brasil, os romances de M. Delly foram publicados, entre os anos de 1930 e 1960, numa coleção intitulada “Biblioteca das Moças”, pela Companhia Editora Nacional, de São Paulo. Teve 35 títulos publicados num total de quase 180 títulos da coleção5 , teve o maior número de edições, tornando-se popular entre mulheres jovens, e suas obras foram consideradas, na época, como uma “literatura cor-de-rosa”.

Leia um trecho AQUI




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