Leituras de Rebecca nº62
Em Casa 12, Leticia
Constant relata as lembranças de sua infância do ponto de vista da
menina que ela era na São Paulo do final dos anos 50. Numa vila na rua
Pamplona, apresenta a casa, centro do seu mundo. Lá, conhecemos a
família e uma galeria de amigos, brincadeiras, vizinhos, momentos
difíceis, dias muito, muito felizes, férias na praia, choro no telhado.
Ao lado da autora-menina, acompanhamos os primeiros contatos com a perda
e a morte. A percepção aguda e delicada dos movimentos humanos são
traduzidas por Leticia num texto irreverente que leva o leitor ora ao
riso mais genuíno, ora ao recolhimento mais sentido, além de conduzir a
uma deliciosa viagem pela São Paulo da época. Com uma concepção gráfica
que acolhe primorosamente o universo da narrativa, Casa 12 encanta os
leitores de todas as idades com seu despojamento e espontaneidade,
revelando uma escritora de notável sensibilidade e expressão já em sua
estréia na seara da prosa.
Esse livro é um passeio pelas memórias da autora ainda criança, pois essa é a perspectiva que temos durante toda a leitura. A história é um passeio pela infância nos anos 50, quando crianças ainda não usavam mini shorts, dançavam o "créu" ou reclamavam de namorados. Naquela época criança era criança de verdade! Brincavam na rua, pulavam muro, subiam em telhados e não eram super-protegidos.
Adorei essa excurção! Rsrsrsrsrsrrs! Recomendo para quem curte nostalgia, mesmo que - como eu - não tenha vivido essa época.
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