Leituras de Rebecca nº 08
R é um jovem vivendo uma crise existencial – ele é um zumbi. Após vivenciar as memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce com a namorada de sua vítima. Julie é uma explosão de cores na paisagem triste e cinzenta que envolve a “vida” de R e sua decisão de protegê-la irá transformar não só ele, mas também seus companheiros mortos- vivos, e talvez o mundo inteiro. Assustador, engraçado e surpreendentemente comovente, Sangue Quente fala sobre estar vivo, estando morto, e a tênue linha que os separa.
Desconfiei desse livro, achei que tinha marketing demais, mas foi tão recomendado que eu quis saber o que é que esse morto-vivo tem de tão especial. Quando li a primeira página fui convencida que eu tinha que saber mais sobre o "R".
Sangue quente é uma história de um mundo pós-apocalíptico, onde os sobreviventes humanos compartilham o que resta do planeta com mortos-vivos famintos. Este é um romance zumbi e está longe de ser uma história normal. Para começar o narrador e protagonista da história, R, é um zumbi comedor de carne humana, mais especificamente o cérebro. Ele se esforça para ser mais do que apenas um monstro obcecado por carne e acaba se apaixonando por Julie, uma garota viva.
Este não é um Crepúsculo com zumbis, não se iluda com a declaração de Stephenie Meyer na capa, Julie e R não compartilham uma paixão intensa - é mais como uma amizade mais profunda. Ele quer que ela seja poupada do destino que ele teve e ela quer sobreviver mas tem que confiar no monstro que assassinou seu namorado.
Apesar de um mundo agonizante invadido por zumbis e da inevitabilidade da morte, a vida continua e as pessoas devem vivê-la em sua plenitude. Esse livro é uma fantástica mistura de coisas que eu nunca teria pensado que poderiam funcionar: zumbis, romance, e o significado de estar vivo.
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