Eduardo Spohr - A Batalha do Apocalipse - Nerdbooks

Leituras de Rebecca nº 02
Subtítulo: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo

Há muitos e muitos anos, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiaram a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o Juízo Final.

Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.

Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterrra medieval. 'A Batalha do Apocalipse' não é apenas uma viagem pela história, é também um jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.

A batalha do Apocalipse é o primeiro livro escrito pelo jornalista Eduardo Spohr. A edição que eu li foi a da Nerd Books, do grupo Jovem Nerd com a capa da batalha entre os anjos. Ambientado desde o início dos tempos conta a história do Paraíso Celeste onde ocorreu uma terrível revolta.

Eu adoro literatura fantástica. E sou fã do podcast do Jovem Nerd, quando eu soube que um autor brasileiro ia escrever uma história que incluía o Brasil, fiquei curiosa. Devo dizer que foi uma grata surpresa!

O livro se divide em 3 partes intituladas A vingadora sagrada, A ira de Deus e o Flagelo de fogo. E já começa falando sobre a grande revolta entre os anjos na fortaleza de Sion, onde a roda do tempo seguia girando cada vez mais próximo do apocalipse.

Ablon, o querubim renegado da casta dos guerreiros, vive no Rio de Janeiro e aguarda o retorno de Deus assim que findar o 7º dia, que segundo o livro duraria milhares de anos, cada dia da criação seria uma era. A humanidade ficaria então sob os cuidados dos arcanjos enviados por Deus. Uma das surpresas do livro, que não toma partido de religiões, é que o autor fez uma pesquisa e conseguiu ligar várias mitologias diferentes. Afinal de contas o fim do mundo não está somente na tradição Judaico-cristã.

Supostamente, Deus não estava presente durante os massacres e jogos de interesse dos arcanjos e por isso não interveio. Miguel, o primogênito, era o líder das hordas angélicas que ordenas chacinas terríveis contra os seres humanos acreditando que estes seriam inferiores.

No decorrer da história do mundo, Ablon participa de vários momentos importantes da humanidade, desde a criação do universo, passando pela destruição de Atlântida, a construção da Torre de Babel e até mesmo o nascimento da criança sagrada. Sempre ao lado dele, a necromante Shamira, por quem Ablon nutre um amor incondicional e que só seria possível quando houvesse o tão esperado confronto entre Ablon e Miguel. Eu, romântica incorrigível, fiquei na torcida pelo casal o tempo todo! Rsrsrsrsrrs!

O livro é extenso e denso, muita informação mesmo! Durante a saga da atualidade o livro é contado na terceira pessoa, os eventos históricos são narrados na primeira pessoa. O elenco é gigante e se eu tentar falar de todos o texto vai ficar imenso, recomendo que leiam e descubram o papel de cada personagem na história da humanidade.

Ação não falta, Ablon luta, vence, perde, socorre, é socorrido e evolui aos olhos do leitor. Ele é o querubim que conheceu a humanidade de perto, entendeu porque Deus amava tanto a sua criação e desvenda o enigma do Apocalipse.

A batalha do apocalipse não é apenas um épico de aventura, é uma viagem pela história do mundo, os caminhos da criação de Deus para chegar a transcendência. Uma obra de qualidade difícil de encontrar . Vale a pena.

Nova edição, com nova capa da Editora:Verus